Conforto

Aeee! Bom dia Brasil! Finalmente chegou a minha vez! :D Estava muito empolgada (e indecisa!) para esta primeira postagem.

Desde já digo que gosto de criar, mas ainda não encontrei uma plataforma definitiva, então vou testando e, a cada nova produção, me encontrando um pouco mais.

Gosto de tocar, de ouvir barulhos, de pegar nas coisas, sentir consistências, sujar as mãos de tinta. Nada como aparecer em uma festa de gala com as mãos sujas de nanquim. Ou ir trabalhar com o cotovelo verde (meu estado atual!). Artistas são assim mesmo, um povo sujo.

Pra mim a Arte tem relação direta com a verdade, que é preciso ser verdadeiro para criar algo que realmente toque o outro. Acredito nisso. O Novelli, com quem estudei desenho de observação, dizia que "o desenho bom são as formas que você capturou com verdade". Dizia que devíamos deixar de "representar" o objeto, aqueles formatos que estavam engessados na cabeça, para desenhá-lo como de fato o enxergávamos, com os olhos. O Tatá e a Rúbia, do Grupo de Teatro Tangerina, diziam que a atuação boa era aquela em que não estávamos tentando representar; que devíamos trazer do corpo a sensação já registrada e verdadeira.

Aí, divagando sobre todos esses ensinamentos que um dia quebraram meus paradigmas, fui chegando até aqui. Então hoje acho que a criação artística nada mais é do que a tradução das verdades, em múltiplos formatos. Mas essa, é claro, é apenas a minha verdade, individual.

E assim, deixo-os aqui com um desenho singelo, porém feito num momento de muita verdade.

Um grande abraço e até o mês que vem!