Meu nome é Aron e sou viciado em sexo. Uiê.
É meu post de inauguração aqui no Overlei e como todos postam algo gráfico eu também quis fazer algo... e como não sei desenhar nem ilustrar, apenas filmar, aí vai algo... que é um tipo de ensaio... sobre uma mandala.
Parti de uma mandala que encontrei no livro "O poder do mito". Não tinha nome mas a nomeei de "Consciencia" abaixo. No livro, Campbell cita Platão dizendo que a alma é um círculo, e que todo círculo reflete a psiquê. Assim Campbell diz que fez um círculo, colocou um ponto no meio do círculo como sendo o centro do ser. Fez um quadrado em cima dizendo que esse era o consciente. Riscou a linha e demonstrou que pensamos saber o que nos move, que pensamos que o consciente é que manda no show... mas tudo vem do centro... E o que temos consciencia é apenas uma pequena porção disso tudo. Bom, eu escrevi isso de memória, se estou equivocado por favor não hesitem em corrigir.
E tudo isso me deu no que meditar, assim como o livro todo. E bem... Não acho que precise de mais explicações, porque tem coisas que simplesmente não saíram da caixinha...
Para finalizar, deixo um pequeno conto, uma pequena história contada por Gumna Ti.
"Havia um garoto, há muito tempo atrás, chamado Furu. Ele tinha algo de especial, algo de observador. Mesmo assim, era ativo nas atividades do Muva e era como qualquer rapaz de sua idade, no que condiz aos deveres sociais. Excelente caçador de javalis, cortejava muitas garotas e gozava de boa saúde. Mas devido ao seu poder de observação ele percebia mais que os outros o passar do tempo. E isso lhe trazia medo e desespero em certas horas. Furu cresceu e aprendeu a aceitar o fato do tempo consumir a todos e a tudo, incessantemente. Furu um dia casou e teve uma família. Adorava sua mulher e seus filhos, e até isso ele aprendeu a aceitar que um dia iria deixar de existir. Que todos eles iriam crescer, envelhecer, seus corpos definhar e eventualmente morrer. E isso era aceitável a Furu... Mas o que lhe era dificil aceitar era que o seu trabalho também pereceria: havia tornado-se um contador de histórias, assim como eu. Furu lutou e trabalhou arduamente para inventar técnicas para que suas histórias perdurassem ao longo do tempo. Passou a desenhar coisas em pedras para que suas histórias continuassem... Mas isso não era o suficiente e finalmente Furu inventou algo chamado "escrita". Era algo que só ele entendia e pretendia passar adiante a alguém os conhecimentos dessa escrita e manter sua obra viva... Mas como sabemos, isso não aconteceu. Foi-lhe proíbido pelo Muva o ensinamento de sua escrita.
Furu se retirou para as montanhas e lá ficou até o final de sua vida... abandonando o Muva e sua família.
Passaram-se anos e anos, até que um dia, o mestre do meu mestre, Gumna Tut, foi procurar Furu para saber de seu ensinamento... sua escrita. Gumna Tut encontrou a choupana de Furu abandonada e nunca mais ninguém viu a Furu outra vez... Gumna Tut apenas encontrou diversas folhas de papiro com coisas desenhadas nelas. Todas amontoadas e enroladas envoltas com uma singela e fina corda. E na madeira onde estavam guardados essas folhas, estava desenhado algo que depois Gumna Tut decifrou, e dizia: O Livro. Gumna depois de anos de estudos, reflexões e meditações decifrou todo O Livro e contou ao meu mestre a seguinte conclusão: "Furu passou sua vida escrevendo um único livro. E esse livro era sua vida. Ele já não se importava com que outros o lêssem, mas apenas em que ele o escrevesse."
"Havia um garoto, há muito tempo atrás, chamado Furu. Ele tinha algo de especial, algo de observador. Mesmo assim, era ativo nas atividades do Muva e era como qualquer rapaz de sua idade, no que condiz aos deveres sociais. Excelente caçador de javalis, cortejava muitas garotas e gozava de boa saúde. Mas devido ao seu poder de observação ele percebia mais que os outros o passar do tempo. E isso lhe trazia medo e desespero em certas horas. Furu cresceu e aprendeu a aceitar o fato do tempo consumir a todos e a tudo, incessantemente. Furu um dia casou e teve uma família. Adorava sua mulher e seus filhos, e até isso ele aprendeu a aceitar que um dia iria deixar de existir. Que todos eles iriam crescer, envelhecer, seus corpos definhar e eventualmente morrer. E isso era aceitável a Furu... Mas o que lhe era dificil aceitar era que o seu trabalho também pereceria: havia tornado-se um contador de histórias, assim como eu. Furu lutou e trabalhou arduamente para inventar técnicas para que suas histórias perdurassem ao longo do tempo. Passou a desenhar coisas em pedras para que suas histórias continuassem... Mas isso não era o suficiente e finalmente Furu inventou algo chamado "escrita". Era algo que só ele entendia e pretendia passar adiante a alguém os conhecimentos dessa escrita e manter sua obra viva... Mas como sabemos, isso não aconteceu. Foi-lhe proíbido pelo Muva o ensinamento de sua escrita.
Furu se retirou para as montanhas e lá ficou até o final de sua vida... abandonando o Muva e sua família.
Passaram-se anos e anos, até que um dia, o mestre do meu mestre, Gumna Tut, foi procurar Furu para saber de seu ensinamento... sua escrita. Gumna Tut encontrou a choupana de Furu abandonada e nunca mais ninguém viu a Furu outra vez... Gumna Tut apenas encontrou diversas folhas de papiro com coisas desenhadas nelas. Todas amontoadas e enroladas envoltas com uma singela e fina corda. E na madeira onde estavam guardados essas folhas, estava desenhado algo que depois Gumna Tut decifrou, e dizia: O Livro. Gumna depois de anos de estudos, reflexões e meditações decifrou todo O Livro e contou ao meu mestre a seguinte conclusão: "Furu passou sua vida escrevendo um único livro. E esse livro era sua vida. Ele já não se importava com que outros o lêssem, mas apenas em que ele o escrevesse."
Essa reflexão é muito boa. Esse é o tipo de coisa difícil de engavetar, neh? Por exemplo, da vocação pro artista...Não consigo separá-las na minha cabeça...Não entendi o que difere alguém que seguiu sua vocação de um "artista"...
ResponderExcluirBeijo, merdon
ReiDuard, ambos vêm do "inconsciente", e são quase iguais eu diria. A diferença é que "artista" tem esse fluxo livre do inconsciente pro consciente. A coisa vira uma só. Sempre foi. Mas se desfez a barreira do pensamento... de discriminação talvez. Perto de perder o consciente, assim como "santo"... poderia ser "louco"... vai de cada um.
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